quinta-feira, 26 de março de 2009

Kbô.

Elogiam demais, dizem até mesmo que é um dos melhores.
Da onde esses loucos tiram isso?
E quem não garante que é mentira?
Pode ser que tenha um meio termo na história toda. Vai saber.

É simples assim, eu nunca fui bom nisso.
O pior de textos é histórias clichês.
Não sou nehum Tyler para tirar da cabeça uma FAPIP.
Eu adoraria ouvir de um critíco tudo o que ele tem a dizer a respeito disso.

Eu me orgulho ao ler "Bate coração", ou como está aqui "Heart Beats".
Fora isso descarto todas as possibilidades de escrever um livro sobre auto ajuda.
Então eu vou partir para o humor, quem sabe, eu ganho mais assim.
Isso, claro, se eu conseguir, né.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Here there my gilr?

Ela gosta do Tavares, mas eu prefiro o Lucas.
Ela gosta do Edward e eu gosto da Bella.
Ela diz que é dia 29, mas pra mim é dia 27.
Ela é perfeita e meu amor agora tem dona.

E nossa relação não me espanta mais. Minhas milhares de noites não dormidas não me tiram mais a liberdade de te encontrar em meu sonhos. Pois é em meu pensamento que tu fizeste morada. E é da minha vida, que jamais irá sair. Nunca imaginei que iria adorar dormir cedo, se é que durmo. Pois passo a maior parte do tempo acordado, pensando, sem conseguir dormir. Fico imaginando no dia seguinte e, na possibilidade de poder falar contigo, e aliviar esse aperto no peito. Não durmo, mal presto atenção na aula e, principalmente, não consigo parar de pensar em todas as coisas que me lembram você.
Esse é o quarto mês, mas pode ser o primeiro de muito que espero passar ao teu lado. E serão esses meses, com certeza, os melhores. Sem distância, sem medo. E quanto mais longe você está mais perto que desejo que fique. Porque eu nunca senti tanta falta de alguém como sinto a sua. O que você tem, garota? Sei lá. Eu só sei que eu te amo.
Que seja eterno mais não deixe de ser. Minha certeza

quarta-feira, 18 de março de 2009

Bandido.

Uma das coisas que mais me dá ódio no mundo, é perder algo (textos e coisas parecidas) e não ter como recuperar. Juro que um dia vou fazer tudo no Word porque lá, pelo menos, tem como recuperar caso falte energia, seu cachorro puxe os fios do computador, quando você desliga o computador com raiva de alguma coisa, enfim. Cansei de computador, agora eu quero apenas uma folha e uma caneta em mãos, não precisarei de mais nada. Eu tenho um ótimo - mentira, o pior - amigo aqui me enchendo o saco e roubando minha esposa. Preciso de mais o quê? Só que meus pais voltem e me tirem da casa desse maluco. Antes que seja tarde e eu pege algo similar a um bastão de Baseball. Eu tenho uma garrafa de... Coca-cola e umas pastilhas. Dá pra fazer algo bacana. Sabe, eu cansei do Josh, tô com vontade de bater nele, juro. Cansei de ficar preso numa casa estranha e escura com ele, o Bob e o Nícolas. Vou começar a ver Jogos Mortais pra ver se eu isso passa. Qualquer coisa, tem Counter-Strike no computador. Cansei, vou dormir, porque daqui a alguma horas alguém vai ficar maior.

terça-feira, 17 de março de 2009

Vida em manchetes.

- Viu só? Caiu outro avião.
- É. Desta vez foram 85 mortos.
- Já tomei uma decisão: nunca mais entro em um avião.
- Bobagem.
- Bobagem é morrer.
- Então não entra mais em carro, também. Proporcionalmente, morrem mais pessoas em acidentes de...
- Mas não entrar em automóvel eu já tinha decidido há muito tempo! Você não notou como eu ando mais magro? É de tanto caminhar.
- Você caminha por onde?
- Como, por onde? Pela calçada, ué.
- Dá todo dia no jornal “Ônibus desgovernado sobe na calçada e colhe pedestre. Vítima tinha jurado nunca mais entrar em qualquer veículo.” A chamada ironia do destino.
- Quer dizer que calçada...
- É perigosíssimo...
- O negócio é não sair de casa.
- E, é claro, mandar cortar a luz.
- Porque cortar a luz?
- Pensa bi dedo molhado e distraído na tomada do banheiro. “Caiu da escada quando trocava a lâmpada. Fratura na base do crânio.”
- Está certo. Corto a luz.
- “Tropeça no escuro e bate com a têmpora na quina da mesa. Morte instantânea.” E você vai cozinhar o quê?
- Gás.
- Escapamento. “Vizinhos sentiram cheiro de gás e forçaram a porta: era tarde”. Ou “Explosão de botijão arrasa apartamento”.
- Fogareiro a querosene.
- “Tocha humana! Morreu antes que...”
- Comida entalada fria.
- Botulismo.
- Mando comprar comida fora.
- Espinha de peixe na garganta. Ossinho de galinha na tranquéia. “Comida estragada, diarréia fatal!”.
- Não preciso de comida. Vivo de injeções de vitamina...
- Hepatite...
- ... E oxigênio.
- Poluição. “Autópsia revela: pulmão tava pior que saco de café.” Estrôncio 90 francês.
- Vou vier no campo, longe da poluição, do trânsito.
- Picada de cobra. Coice de mula. Médico não chega rápido.
- Não saio mais da cama.
- Está aprovado: 82 por cento das pessoas que morrem, morrem na cama. Não há como escapar.
- Mas eu escapo. A mim eles não pegam. Tenho um jeito infalível de escapar da morte.
- Qual é?
- Vou me suicidar.

Santinho.

Me lembro com clareza de todas as minhas professoras, mas me lembro de uma em particular. Ela se chamava Dona Ilka. Curioso: porque escrevi “Dona Ilka” e não Ilka? Talvez pelo menos de que ela se materializasse aqui ao meu lado e exigisse o “Dona”, onde se viu tratar a professora pelo primeiro nome, menino? No meu tempo ainda não se usava o “tia”. Elas podiam ser boas e até maternais, mas dedicadamente não eram nossas tias. A Dona Ilka não era maternal. Era uma mulher pequena com um perfil de passarinho. Um pequeno passarinho loiro. E uma fera.
Eu era um aluno “bem-comportado”. Era um vagabundo, não aprendia nada, vivia distraído. Mas comportamento, 10. Por isto até hoje faço verdadeiras faxinas na memória, procurando embaixo de tudo e em todos os nichos a razão de ter sido, um dia, castigado pela Dona Ilka. Alguma eu devo ter feito, mas não consigo lembrar o quê. O fato é que fui posto de castigo. Que consistia em ficar em pé num canto da sala de aula, com a cara virada para a parede. (Isto tudo, já dá pra ver, foi mais ou menos lá pela Idade Média). Mas o que eu nunca esqueci foi a Dona Ilka ter me chamando de “santinho do pau oco”.
Ser bem-comportado em aula não era uma decisão minha nem era nada de que eu me orgulhasse. Era só o meu temperamento. Mas a frase terrível de Dona Ilka sugeria que a minha boa conduta era uma simulação. Eu era um falso. Um santo falsificado! Depois disso, pelo resto da vida, não foram poucas vezes em que um passarinho imaginário com perfil de professora pousou no meu ombro e me chamou de fingido. Os santinhos do pau oco passam a vida se questionando.
Já outra professora quase destruiu para sempre qualquer pretensão minha à originalidade literária. Era pra fazer uma redação e, aula sobre ociosidade, e eu não tinha a menor idéia do que era ociosidade. Se a palavra fora mencionada em aula tinha certamente sido num dos meus períodos de devaneio, em que o corpo ficava ali, mas a mente ia passear. E então, me achando formidável, fiz uma redação inteira sobre um aluno que precisava fazer uma redação sobre a ociosidade sem saber o que é isso, sua agonia e finalmente sua decisão de fazer uma redação sobre o aluno que precisava fazer uma redação sobre ociosidade, etc. A professora chamou a atenção de toda a classe para a minha redação. Eu era um exemplo de quem acha que com esperteza pode-se deixar de estudar e por isto estava ganhando um zero exemplar. Só faltou me chamar de original do pau oco.
Enfim, sobrevivi. No ginásio, todos os professores eram homens, mas não me lembro de nenhuma marca que alguns deles tenham deixado. As relações com as nossas pseudomães, no primário, eram muito mais profundas. As duas histórias que eu contei não têm nenhuma importância. Mas olha as cicatrizes.

Corrente de Santo Eurides.

Esta corrente vem do Peru e foi escrita por Benevides de Obregon y Obregon para percorrer o mundo e trazer a fortuna e a felicidade para quem não interrompê-la.

Faça sete cópias e mande para sete pessoas. Dentro de sete dias você será recompensado por Santo Eurides. Um dentista da Patagônia deu prosseguimento imediato à corrente e foi recompensado uma semana depois, quando atingiu o nervo exposto de um paciente, este lhe deu um pontapé que o fez cair de costas pela janela na frente de um bicicleta em alta velocidade. Por interferência de Santo Eurides a bicicleta capotou antes de atingir o dentista, que nada sofreu. O ciclista morreu.

Já uma manicura em Manágua, Nicarágua, recebeu a corrente e a amassou com gestos nervosos antes de atirar-se sobre o sofá aos prantos, decepcionada, pois pensava tratar-se de uma carta de seu amante, um sargento da Guarda Nacional supostamente envolvido na importação clandestina de chicle-bola. Sete dias depois a manicura foi rezar na igreja no momento exato em que dois colecionadores americanos fugiam pela porta com metade do altar, da época colonial, perseguidos pelo padre com um castiçal de bronze. O padre tropeçou na manicura, que foi presa por engano como cúmplice dos americanos. O sargento recusou-se a intervir. Houve um terremoto.

O Sr. Brício Fazetão, de Teresina, acreditou na corrente e mandou para sete parentes. Na mesma semana sua cadela Trajana deu cria, o Sr. Brício fez 12 pontos na Esportiva e uma sobrinha de sua mulher encontrou os restos calcinados de um satélite meteorológico dos Estados Unidos, onde o clima melhorou e as safras não se perderão por completo, segundo os jornais.

O escrivão Manolo Pinchas, de Antofagasta, não ligou para a carta, prendeu fogo nela, atirou-a no chão, pisou em cima, começou a gritar como um louco e foi recolhido na mesma hora.

O informante do FBI, Roy M. Boy, da Califórnia, recebeu a corrente num momento decisivo da sua vida, quando precisava decidir se entrava definitivamente no partido comunista – que ele frequentara para o FBI, como informante, durante 20 anos, e ao qual se afeiçoara – e casava com Lívia, uma anã contorcionista, ou emigrava para o Norte do Paraná depois de casar com Moira, uma analista de sistemas gigante. Não deu bola para a carta e sete dias depois foi atacado, estranhamente, pela lagarta da soja. Lívia prendeu um pé no pescoço e não conseguiu tirar. O Partido Comunista não aceitou e pediu que Roy fosse um informante deles dentro do FBI. Roy lembrou-se então da carta, mandou sete cópias, e hoje tem uma lancheria em Londrinas, dois filhos – Roy Júnior e Itapiru - e dinheiro no banco.

Não interrompa a corrente. Faça sete cópias desta carta e mande junto com um cruzeiro para sete pessoas, sendo seis da sua escolha e a sétima Ricardo Ernando de Fortaleza, Brasil, que precisa ir à Europa, por Santo Eurides. Amém.

sábado, 14 de março de 2009

Outflow.

É, pela primeira vez na minha vida, eu não quero mais ir ao médico. Antes até que era legal, tirar sangue e ganhar pirulitos. Tirar roupas para médicas gatas, tipo, Meredith. E principalmente garantir um atestado de uns três dias longe da escola. Ah, firmeza. Agora não tem mais isso, tudo... Mudou. Tirar sangue e saber que seu quadro não melhorou. Ficar levando sermão do Emanoel direto. Aliás, esse cara pensa que é quem pra falar daquela maneira comigo? Ora, eu sou um paciente. E o pior de tudo é que ele sempre me recomenda a mesma coisa: uma bombinha azul. Mano, é tudo a mesma coisa, só muda a cor. Então pra quê ficar me enchendo com isso, eu já tenho a minha, não tenho culpa de não ser azul.

Cansei da aula de Geografia, pelo menos por enquanto. Eu quase entrei numa briga por ficar fazendo papel de policial do GATE. Até que foi engraçado, o professor começou:
- Arromba! Arromba!
- Vai, mano, joga a bomba!
(barulho de explosão)
- Invade, todo mundo....
- Peraí, não abriu! Não abriu!
Pois é, não tenho culpa se a porta não abriu, eu avisei pra ele. Tive que jogar três estalinhos no rosto do Caíque pra ele deitar no chão. O professor - sinceramente, eu esqueci o nome dele. Também não tenho culpa se minha memória não é boa - ficou empurrando. Na verdade, a porta era a mesa que ele virou pra fingir que era uma porta. Aquele monstro não presta. Ah, depois quer dá uma de Ronaldo. Aliás, se o Ronaldo pode, porque ele não? Só porque ele é famoso? Ah, mas a forma, né. Não dá.

Bom, eu não sou o melhor aluno da sala, mas de pior eu estou longe, pera lá. Confesso que eu não sou uma pessoa muito amigável não. Também não vou dizer que depende de pessoa para pessoa, porque senão, eu seria a pior pessoa do mundo, mesmo. Anti-social, grosso, idiota e mais apelidos fofos que eu escuto de uns monstrinhos aí não é nada não, eu tô ligado nessas coisas. O problema é quando a pessoa não conhece e vem falar esse tipo de coisa, ah, eu fico puto. Um dia o professor de Física veio cheio de manha pro meu lado. Tá bom que ele é fresco, mas não tô nem aí. Se começou tem que aguentar, né. Ele falou que eu era muito fresco, que tinha que sentar na frente porque é melhor, pra eu prestar atenção (se liga, ele me chama de fresco e pede pra eu sentar na frente, é tipo, q). Eu presto atenção, quando eu quero claro, também aquela merda de escola não estava me preparando para eu ser o que eu queria: vagabundo. Eu sempre sentei no fundo, e nunca aprendi porra nenhuma na aula de seja lá quem for, tudo que eu aprendi foi a vida quem me ensinou. Só não me pergunte a vida de quem.

Bem, penso da morte a mesma coisa que penso das multinacionais. Ela está aí, existe, não há como evitá-la, pode até ser uma coisa boa na medida em que cria empregos e etc. - mas sou contra. Quanto à vida eterna minha preocupação não é se existe ou não, é chegar lá e encontrar os melhores lugares tomados por quem foi primeiro. Os etruscos devem ter todas as coberturas, os fenícios os terrenos do lago e a gente acaba ficando num quarto debaixo de uma escola de dança flamenca, para sempre. Mas sou um materialista agnóstico. Não acredito em nada que eu não possa pegar, apalpar, cheirar ou morder. Não acredito na Luíza Brunet, por exemplo.

Cara, eu acho que não há clima para um golpe, atualmente, no Brasil. Ainda mais em Fortaleza, onde tem chovido muito. O que dá vantagem ao sapo, como se sabe.

Grande!

domingo, 8 de março de 2009

Bath tub.

As palmas das mãos cobrem-se de suor, as faces ficam afogueadas. Joelhos viram geléias, os olhos chispam, dá um aperto na boca do estômago. Pele arrepiada, coração disparado. Fala-se alto demais ou baixo demais, sorrisos incontrolados escapam por todos os poros. Segredos são revelados e um fluxo de energia incendeia o organismo. Uma expressão abobalhada toma conta do semblante e começa-se a falar por diminutivo. Todo mundo sabe o que é isso. “O fogo que arde sem se ver, a ferida que dói e não se sente” (Camões), o sentimento que “Move o sol, como as estrelas” (Dante), “A força obscura e potente que dissolve membros” (Safo) ou que “Que mexe com a minha cabeça e me deixa assim” (Zezé de Camargo e Luciano). É o amor. Louco, delicioso, tolo, embriagante amor, principio unificador do cosmos, segundo filósofos gregos, motor de todos os poetas, o êxtase celestial e doce tormento de todos os apaixonados, alegria de todos os comerciantes nesse Dia dos Namorados. Ou era, até que os cientistas resolvessem prestar mais atenção num sentimento tão poderoso e, diziam, tão negligenciado pelos estudiosos do comportamento humano. Daí ele descobriram: a dopamina, a norepinefrina e, principalmente, a feniletilamina em ação.

“Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas”, suspirava o poeta Pablo Neruda. “Um combate de relâmpagos e dois corpos por um só mel derrotados”. Mas quem aguenta tanta tempestade, raios, terremotos e outras comparações telúricas que o estado alterado do amor produz, por tempo indeterminado? Segundo os cientistas, só mesmo se um grande obstáculo – como enormes distâncias ou uma aliança de casamento na mão de outro parceiro - impedir a constante proximidade. Nos amantes com mútua facilidade de acesso, o estado químico de euforia intensa não dura mais do que dois ou três anos. Depois do período de cerrado bombardeios, especula-se que as terminações nervosas ficam saturadas ou os próprios centros de produção de elementos químicos do amor se exaurem.

domingo, 1 de março de 2009

Broken promises to silence.

Eu me pergunto onde foi parar todas as promessas, onde está aquela garota que um dia me encantou tanto, onde está nosso tempo. Onde nós estamos? Mudamos tanto, ou simplesmente tava na nossa hora. Ah, vai saber de verdade o que há. Algo que nunca passou pela minha cabeça – ou passou? – está aí.

“Eu te amo muito” – disse e logo desligou o telefone. No outro lado da linha, ainda com o telefone na mão, deixando escapar um leve sorriso. Sem imaginar que isso poderia ser as últimas palavras que eu poderia ouvir. Sem imaginar no que poderia acontecer. E só de pensar em ter perdido tempo com coisas infantis. Tempo esse que hoje já faz tanta falta.

Agora não tem mais jeito mesmo, não há mais o que fazer. Ou há? O que nós resta é se acostumar com a tal distância que hoje nos afasta cada vez mais. Então, eu deixo como estar, quero ver até onde tudo isso vai chegar. E sei o quanto vai ser ruim, pelo menos pra mim.

E isso me faz tanta falta. Ontem eu ouvi Beeshop o dia inteiro, “Victoria Indie Queen” é uma das músicas mais ouvidas na lista de reprodução do meu Ipod. Essa música me faz lembrar 2008 e alguém.

Não me faz tão bem como te faz.