segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Aquele amor, à sua maneira.

Você corria, brincava, e chutava a água. Parecia uma criança em um parque. Seu rosto me parecia tão radiante. Estávamos na frente de sua casa, estava chovendo tanto, e fazia frio. De segundo em segundo ela vinha e me beijava. Eu estava sentado na calçada, apenas olhando. Fazia frio, as árvores dançavam, assim como seus cabelos a cada giro que dava. Ela se sentou ao meu lado e agarrou-me pela cintura. Eu coloquei a mão em volta de seu corpo com a intenção de aquecê-la, mesmo que não adiantasse de nada. A chuva passava a cada minuto, o sol rompera a barreira de nuvens, tudo ficou mais claro. Parecia tão surreal. Nós, brincando na chuva, juntos. Não conseguia acreditar em tudo aquilo que via, em tudo aquilo que sentia naquele momento. A chuva caindo sobre minha cabeça. Ela ao meu lado. Era surreal demais. Sonho dentro de sonho.

Então entramos em casa e fomos ao seu quarto. Nos secamos, trocamos de roupas e deitamos na cama. Ficamos acordados conversando, brincando. Eu não podia acreditar no que tinha em mãos naquele momento. Não conseguia acreditar em tudo aquilo a minha volta. Mas ela me fazia acreditar. Ela tocava meu rosto com seus dedos frios, bem de leve. Ela se aconchegava mais, deitada em meu peito. Ficamos lá, acordados. Eu tinha medo de dormir, ver que tudo não passou de um sonho, ver que não a tinha mais e que seria incapaz de ter. Um sonho perfeito. Não me importava mais nada desde que você estivesse comigo para sempre.


“Cause the love that you are giving me is the best I have ever had”

domingo, 30 de agosto de 2009

Anjos e um réu fazem prevalecer o amor.

O baixo sussurro em meu ouvido me fazia tremer. Podia senti-la tão perto de mim. O ar quente me gelava. Eram palavras doces, uma voz de veludo. Estávamos deitados no gramado numa tarde de sábado. Não havia nuvens no céu, ele estava tão azul quanto qualquer coisa. Ela estava tão perto de mim, eu já não sentia frio. Apenas ouvia ela repetir no meu ouvido que me amava. Estávamos deitados à sombra de uma grande árvore. Eu a aquecia, estava com um braço em volta de si. Silêncio por alguns minutos.

- Eu te amo. – disse a ela.

- Quanto?

Dei de ombro. Como explicar? Ela me pegara de surpresa. Eu sabia que faria qualquer coisa, sabia que a amava mais do que qualquer coisa, sabia que seria impossível fingir algo diferente. Era amor, eu sabia. Eu sentia. Como o universo, como o céu ou até mesmo o mar. Algo impossível de ser medido, de ser explicado.

- Mais do que você pode imaginar.

Ela se calou. Olhava o céu naquele fim de tarde. Olhava as nuvens passarem lentamente, pensava.

Com os olhos fechados, ela me agarrou de uma forma doce. Podia sentir seu perfume, podia ouvir uma baixa respiração. Como se estivesse dormindo. Meu anjo bom.

- Você me fascina, me traz paz. É algo impossível de se evitar. É, eu te amo. E por mais que três palavras não são o bastante para tanto amor, é a melhor forma de te dizer isso. Não sei fazer serenatas, nem sei cantar. Não saberia jogar pedrinhas em janelas, nem ao menos escalar sacadas. Mas eu te amo, e se isso não for o bastante, então te dou minha vida, por mais que não seja nada importante, é tudo que tenho, é tudo que é seu. Eu sou seu. E se não for assim, apenas me diga. Por favor.

Silêncio.

Senti sua mão apertar minha camisa. Sua respiração estava ofegante, e seu coração disparava. Ela não dizia nada, ouvia. Ela segurava minha mão com força.

Eu não precisava de mais nada, nenhuma palavra. Eu sabia disso. Sabia que era verdade, e não mentia, sabia que a amava, sabia que ela era o meu amor e nada mudaria isso. Mesmo calada dizia tanto, eu só ouvia. Ela apenas se virou pra mim, me encarado.

- Se nada disso bastar eu não saberei o que fazer. Assim como não sei o que fazer sem você. Eu não vivo sem você. E faria qualquer coisa só para não te ver sair da minha vida. Eu não sei o que você tem. Eu não sei por que o amor faz isso. Mas eu te amo, e se isso não bastar, devolva-me minha vida.

Era o bastante. Eu não queria mais nada, simplesmente esqueci do mundo. Eu a tinha e isso era o bastante para que fossemos felizes pela eternidade.

A tarde chagara ao fim e nós ficamos lá, deitados à sombra da mais bela árvore daquele jardim. Apreciando o jogo de cores no céu.

Um beijo e o dia se tornara perfeito.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mais qui est ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?

Você tem apenas 15 anos. 15 anos!

E já passou por tanta coisa nessa vida.

Já viu seus pais brigarem, já passou por horríveis momentos nessa vida.


Você tem apenas 15 anos.

E já ficou horas acordada preocupada com os outros. Já perdeu o sono, já sonhou.


Você tem apenas 15 anos.

E já se apaixonou, sofreu e amou. Já odiou, brigou e chorou.


Você tem apenas 15 anos.

E é como se tivesse mais. Já fez garotos ficarem bobos com teus encantos.


Você tem apenas 15 anos.

E ainda tem um imenso poder sobre mim.


É, você tem apenas 15 anos, está na melhor fase de uma vida. E nos teus 14 eu me apaixonei perdidamente, nos teus 14 eu não dormia, estava perdido em devaneios. Nos teus 14 eu te conheci. Nos teus 14 eu te prometi uma dança.


Mas é nos teus 15 que eu realmente vejo que é impossível viver sem você. Foi nos teus 15 que te prometi o mundo, e posso dá-lo a ti. Mas foi nos teus 15 que me proibiram das noites ao telefone. Um abuso, exagero e falta de respeito. Foi aos 15 que não me controlava mais o maldito ciúme que me perseguia, me consumia e me dominava. Agora não há mais como esconder, desculpe, por isso.


Minha pequenina, eu te amo tanto. Minha loirinha de filme, minha super heroína, minha esposa, minha melhor amiga, minha vidinha. Paola, eu já não sei o que fazer sem você, muito menos sei o que seria de mim se você não estivesse ao meu lado.


Você é a garota que todo marmanjo gostaria de ter ao seu lado. Sabe falar inglês, francês, toca piano, faz teatro, tem um belo sorriso, é meiga, doce e perfeita. Eu posso fazer inveja a qualquer um e falar que a tenho, não da mesma maneira que alguns desejam e tiveram. É da maneira mais simples e sincera, e não deixo por nada nesse mundo. Eu te conheço bem, conheço teus gostos e desgostos. Conheço seu jeito. Não quero falar “Te conheço melhor do que ninguém” Sabe lá se é verdade ou não.


Eu queria ir pra casa agora, queria não perder mais tempo. Na verdade queria ir a São Bernardo do Campo. Queria ir à casa da minha pequenina. A verdade é que eu não queria, eu quero. É o meu sonho. Um dia, quase consegui realizá-lo, mas não foi possível. Eu teria ido lá, eu iria te encontrar. Eu ia te ver.


Quer saber? Eu te amo muito, Paola. Nunca duvide disso e nunca esqueça. Você é minha melhor amiga, e sempre será. Esqueça das outras garotas. Você é a melhor, você é incrível. Para sempre eu estarei aqui. Sou seu herói, seu Hiper D. Sou seu pior amigo. Mas eu nunca irei te deixar, nem que você peça isso. Eu não sou capaz, nem quero ser. Eu te amo, Paola. E não quero nunca te perder. Odeio ser orgulhoso, grosso e frio. Eu estou tentando mudar, sabe ? Não quero te magoar nunca mais. Ah, Paola, você é minha vida. Isso basta.


Pourtant quelqu'un m'a dit que tu m'aimais encore. C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore. Serais ce possible alors ?