terça-feira, 10 de agosto de 2010


É desse jeito e não tem pensar. Estás em toda parte de mim. Assim, da pontinha do meu dedo até meu último fio de cabelo. Estás na minha estante, nos meus livros, nos meus discos, no meu coração, na minha mente. Assim, com um jeitinho meigo que só tu sabes ter. Jeitinho esse que me enlouquece. Chega! Para com isso que distância não é teu forte, muito menos o meu. Chega aqui cedinho que eu te aguardo. De mansinho. Ora, já disse, chega! Não demora não, que cada minuto sem ti é um minuto perdido meu. Então vem, chega mais em mim e não desgruda. Vem rapidinho e não cansa. É  desse jeito e não tem pensar.

domingo, 1 de agosto de 2010

"Interessante como sempre acaba dessa forma: eu com milhões de coisas para dizer, e você sem importância alguma em me ouvir."

Você me ama?


"Você me ama? Porque eu te amo. Podíamos morar juntas. Não teria problema algum. Se faltar drama, a gente inventa. Salpica uma briga aqui, uns tapas ali, tempera com ciúmes. Só para dar tempo de sentir saudades, só para conseguirmos perceber que não sou mais nada sem você. Passa rápido. Se faltar romance, a gente inventa. Canta uma música como se fosse a nossa, desenha um castelo como se morássemos lá, escreve um romance com narrador personagem. Se faltar sonhos, a gente inventa. Muda os móveis de lugar, descobre uma selva atrás do sofá e um vulcão no armário. Se ficar tudo muito quente, a gente mente. Inventa motivo para se esconder um pouco. Só para sentir a frieza de estar sozinho. Mas nesse meio tempo, alguns poemas meus podem te servir de casaco. Só para você não me tirar do seu sangue. E prometo que vou sempre medir sua temperatura, para saber realmente o que você precisa. Se faltar açúcar, eu penso em um motivo para poder entrar no banheiro. Então eu escreveria minhas palavras adocicadas no espelho enquanto você toma banho. Se faltar aventura, a gente inventa. Pega um vôo para um lugar qualquer. Mas amor não vai faltar, pois o meu estará a sete chaves, todas elas com seu nome escrito."

sábado, 31 de julho de 2010

E essa tentativa de tentar amenizar essa falta é tão patética. E eu sei muito bem disso.
Não sei como ou o que você faz, mas sempre há algo a mais que me prende a ti. É maior que tudo isso. Mas ainda há tanta saudade e tanta distância... Tanta...

terça-feira, 13 de julho de 2010

I can forget about myself trying to be everybody else.

Ando naquele preço. Barato. Quase valendo nada, e admito meu fracasso.

"Eu preciso ir..." - eu disse. O choro estava preso na garganta, eu lutava contra o mesmo.
"Não, você não vai!" - ele disse, num tom raivoso.
"Porque não?" - não entendi direito o que ele quis dizer. Ora, ninguém manda em mim.
"Porque eu não quero que você vá..." - disse, num tom de suplica. Tive vontade de me render, mas meu orgulho é do  tamanho do planeta terra. Eu sabia, teria de dizer não.
"Eu estou cansada, você sabe."
"E eu também. Mas quando quis ir, você me mandou ficar, não posso deixá-la. Sempre que eu quis ir, ninguém me deixou. E eu entendi por que."
"Por que?" - sentei-me afim de ouvir o que ele tiinha a me dizer.
"Por que eu perderia a todos"
"Eu entendo, mas não consigo." - abaixei minha cabeça, ele se sentou ao meu lado e eu deite sobre ele.
"Só me dê uma garantia, por favor" - suplicou, beijando minha cabeça. Desabou.
"Eu não sei..." - minha voz estava fraca, falha. Eu não sabia o que fazer, não queria deixá-lo, mas precisava ir.
"Por favor..."

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Até o fim raiar.


És de fato a estrela do meu céu escuro. Aquela, a mais brilhante. Mas se resolves partir, minha querida, até eu perco o pouco de brilho que tenho. Perco um pouco de esperança no tal do amor. És de fato minha pequena e meu grande amor. Sem exageros, extravagâncias ou extremismo. Resolvestes partir por conta própria e culpa minha que permiti tal absurdo. Mas não ouses demorar a voltar, querida, pois, tu sabes, sou tão dependente de ti... E isso me mata. Pois tu me largas por aí, por aqui e em cada canto dessa sala. Não, eu não posso sem ti! Queria tanto ser eu, mas esqueci disso para ser nós. E isso me importa tanto. Ora, pequena, volte cedo. Chegue antes da novela e me ofereça um abraço quentinho, um beijo no pescoço e me convide pra deitar, pra dormir juntinha a ti. Sussurre no meu ouvido um “eu te amo”, assim, bem baixinho, só pra eu ter aquela certeza de que tu ainda és minha garota. Pra eu dormir bem em teus braços e esquecer a guerra lá fora. E eu gritarei, no meu mais absurdo silêncio, que te amo... Que sou sua. Para todo o sempre... Então, meu amor, você poderia dormir e sonhar, como bem entender

domingo, 23 de maio de 2010


 Enfim, as portas se fecharam para nós.Pecamos muito nisso tudo. Enfim, nós nos perdemos. É, isso é normal quando não temos certeza de qual caminho seguir. Você estava certa quando disse que não teria futuro. Só há presente, querida. Mas é tarde demais. Você deveria ter escutado seus pais, devia. Eu estive aqui o tempo todo.
Em quê pecamos? Eu deveria chegar mais cedo para o jantar? Você está cansada de tudo isso, e não te culpo. Está cansada de me esperar até tarde, acordar sem ninguém ao seu lado, alguém tão ausente. Eu entendo, juro. E mais uma vez vou sair cedo por essa porta...

É esse azar desgraçado que me segue e não sai da minha cola. É esse relógio parado que impede os ponteiros de seguir seu caminho e, assim, a espera por ti é maior. São esses dias corridos e quentes que andam me cansando tão rápido que me esqueço daquele compromisso inadiável. E eu perco de novo.


Talvez seja carma. É, aquela velha história. Aquele velho pretexto de sempre. Que tu não suportas mais ouvir. É uma gastura enorme. Um desgaste. Um cansaço. E mais algumas coisas, tenho certeza.


Talvez seja carma. Mesmo.

 Talvez eu tenha esquecido como sentir isso novamente. Andas por aí, se escondendo no meio dessa multidão e me deixas aqui a tua espera. Não é algo que se faça. Eu estou aqui mais uma vez, na tua cola, na tua sombra, te seguindo a cada passo que tu dá, e caindo toda vez que te perco. Caí. Perdi. Mais uma vez. Ainda não descobri que poder é esse, que sentimento é esse e que garota é essa. Talvez eu precise de mais tempo e menos espaço entre eu e você.




Entre nós ainda existe uma centena de paredes, uma dezena de dúvidas e uma só saudade.

Beeshop.

Algumas coisa nunca deveriam ter mudado.


Seria bom ainda poder te ligar. Melhor ainda nessa nossa fase. Precisamos, de alguma forma, estar perto um do outro, nem que seja por um minuto. Nem que seja de passagem, olhar ou toque.

Necessito saber por onde andas e como andas. Tu sabes, sou responsável por ti.

Eu sinto saudades tuas todos os dias. De manhãzinha quando saio pra minha longa batalha colegial até a noite quando volto para minha longa batalha na cama. É quando a saudade piora e não tem pena. É quando me pego pensando em ti mais e mais. Até meus últimos 30 minutos acordada.

Daí nos encontramos de novo, de novo e de novo...

segunda-feira, 1 de março de 2010

B-roken.


          O frio era intenso naquela tarde de Domingo.

Ao acordar, ela coloca o braço no outro lado da cama, lado esse que hoje estava vazio. Não sentindo nada, ela abre os olhos devagar, observando o lugar vazio que lá estava. Um lado da cama estava quase arrumado, como se alguém tivesse arrumando após levantar.
O susto de não vê-lo ao seu lado como todos os dias a fez levantar. Seus olhos escuros viravam mel quando refletidos pela luz do sol. A pouca luz do dia lutava contra a fina cortina branca que cobria a janela do quarto.
Ela o procura por toda casa e o que ela encontra era uma carta que dizia:

Quando é que você vai deixar o vento que sopra por entre seu cabelo ser mais do que brisa? Quando é que eu vou testemunhar por trás dos olhos algo mais do que sentimentos escondidos? Quero que um dia acordes como destinatária e, aí sim, me respondas, usando o verso que vires a escolher. E esses versos serão nossos para todo o sempre, pois somente nós conversamos assim. Somente nós desacreditamos tudo e lançamos a todos o mesmo olhar descrente e decepcionado. Esteja aqui quando eu gritar. Estava aqui quando eu precisar. Esteja aqui,e me faça continuar. Eu te amo.
Steven P.”

 E nem todo esforço que ela vir a fazer, seria capaz de parar as inúmeras lágrimas que caíam sobre seu rosto. E seria em vão. O vento forte fazia seu cabelo dançar. E não adianta dançar depois que a música para.
E nada lhe faria perder a atenção segurando aquela folha de papel.
E são raríssimos momentos que estamos tão sozinhos a ponto de ouvir nossos batimentos cardíacos. Basta fechar os olhos. É na escuridão que ela tenta encontrar tudo aquilo que perdeu achando que, ao lhe encontrar, não mais precisaria de nada. E ela jamais esteve tão apegada ao presente, jamais esteve tão alerta, tão atenta, tão sedenta pela luz do sol e, principalmente, por essa não-luz da noite.
O tempo havia fechado completamente, já não havia mais sol.
E eis que todos os sentimentos ruins de se guardar, toda a angustia e a tristeza, sublimaram, evaporaram e acabaram por contaminar a chuva. No entanto, tudo isso que eu deixei escapar das minhas mãos, está, agora, no ar. Cobre a tua cabeça, pois a chuva será forte, será intensa, e será ácida.