terça-feira, 17 de março de 2009

Corrente de Santo Eurides.

Esta corrente vem do Peru e foi escrita por Benevides de Obregon y Obregon para percorrer o mundo e trazer a fortuna e a felicidade para quem não interrompê-la.

Faça sete cópias e mande para sete pessoas. Dentro de sete dias você será recompensado por Santo Eurides. Um dentista da Patagônia deu prosseguimento imediato à corrente e foi recompensado uma semana depois, quando atingiu o nervo exposto de um paciente, este lhe deu um pontapé que o fez cair de costas pela janela na frente de um bicicleta em alta velocidade. Por interferência de Santo Eurides a bicicleta capotou antes de atingir o dentista, que nada sofreu. O ciclista morreu.

Já uma manicura em Manágua, Nicarágua, recebeu a corrente e a amassou com gestos nervosos antes de atirar-se sobre o sofá aos prantos, decepcionada, pois pensava tratar-se de uma carta de seu amante, um sargento da Guarda Nacional supostamente envolvido na importação clandestina de chicle-bola. Sete dias depois a manicura foi rezar na igreja no momento exato em que dois colecionadores americanos fugiam pela porta com metade do altar, da época colonial, perseguidos pelo padre com um castiçal de bronze. O padre tropeçou na manicura, que foi presa por engano como cúmplice dos americanos. O sargento recusou-se a intervir. Houve um terremoto.

O Sr. Brício Fazetão, de Teresina, acreditou na corrente e mandou para sete parentes. Na mesma semana sua cadela Trajana deu cria, o Sr. Brício fez 12 pontos na Esportiva e uma sobrinha de sua mulher encontrou os restos calcinados de um satélite meteorológico dos Estados Unidos, onde o clima melhorou e as safras não se perderão por completo, segundo os jornais.

O escrivão Manolo Pinchas, de Antofagasta, não ligou para a carta, prendeu fogo nela, atirou-a no chão, pisou em cima, começou a gritar como um louco e foi recolhido na mesma hora.

O informante do FBI, Roy M. Boy, da Califórnia, recebeu a corrente num momento decisivo da sua vida, quando precisava decidir se entrava definitivamente no partido comunista – que ele frequentara para o FBI, como informante, durante 20 anos, e ao qual se afeiçoara – e casava com Lívia, uma anã contorcionista, ou emigrava para o Norte do Paraná depois de casar com Moira, uma analista de sistemas gigante. Não deu bola para a carta e sete dias depois foi atacado, estranhamente, pela lagarta da soja. Lívia prendeu um pé no pescoço e não conseguiu tirar. O Partido Comunista não aceitou e pediu que Roy fosse um informante deles dentro do FBI. Roy lembrou-se então da carta, mandou sete cópias, e hoje tem uma lancheria em Londrinas, dois filhos – Roy Júnior e Itapiru - e dinheiro no banco.

Não interrompa a corrente. Faça sete cópias desta carta e mande junto com um cruzeiro para sete pessoas, sendo seis da sua escolha e a sétima Ricardo Ernando de Fortaleza, Brasil, que precisa ir à Europa, por Santo Eurides. Amém.

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